O prêmio concedido a cada quatro anos pela União Internacional de Matemática reconhece o trabalho de jovens matemáticos (até 40 anos) que tenham alcançado trabalhos inéditos na área. Foi idealizado pelo matemático canadense John Charles Fields e condecora de dois a quatro pesquisadores a cada edição.
Em 2014 o anúncio dos ganhadores foi feito na abertura do 27° Congresso Internacional de Matemáticos realizado em Seul, Coréia do Sul. Desde a primeira edição até este ano, 56 pesquisadores foram premiados.

Pela primeira vez, um latino-americano recebeu o prêmio. É o brasileiro Artur Ávila, carioca, 35 anos, pesquisador extraordinário do Instituto de Matemática Pura e Aplicada (IMPA), uma vez que mora em Paris atuando no Centro Nacional de Pesquisa Científica (CNRS), tendo, inclusive, se naturalizado francês. Apesar de ser considerado o Nobel da Matemática, em termos de premiação, a distância ainda é grande. Enquanto a medalha Fields destina cerca de 31 mil reais ao condecorado, o prêmio Nobel concede cerca de 2,6 milhões de reais. Outro brasileiro que também estava cotado para receber a honraria era Fernando Codá. É a primeira vez que a medalha Fields é concedida a um pesquisador que obteve doutorado fora dos Estados Unidos ou Europa.
Já a iraniana Maryam Mirzakhani, 37 anos, professora da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, foi a primeira mulher reconhecida pela União Internacional de Matemática. Esta também foi a primeira medalha Fields para um pesquisador do Irã. A pesquisadora concluiu o curso de licenciatura em Matemática na Universidade de Sharif (Teerã, Irã) e fez pós-graduação em Harvard. Tanto Maryam como Artur fazem pesquisas de Sistemas Dinâmicos. Os outros dois ganhadores foram o canadense Manjul Bhargava e o austríaco Martin Hairer.